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quéfalatamém!

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(até Agosto de 2013)

7 comentários:

  1. Me formei em Desenho Industrial - Projeto de Produto em 2008.
    Quando me lancei no mercado de trabalho encontrei um cenário bem complexo, poucos escritórios de design de produto e indústrias que em sua maioria confunde DESIGNER em projetista Cadista.
    Acho que as instituições de ensino devem dar maior enfase a empreendedorismo e gestão, para incentivar a criação de novos escritórios, em vista que o novo designer, entra no mercado e encontram poucas oportunidades, se depara com 2 opções, tentar um negócio próprio para trabalhar do jeito quer ou mudar de área.
    Grande parte de meus colegas mudaram de área, aí vem a pergunta, para onde estão indo todos esses designers que se formam a cada semestre?

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  2. Me formei em Design em 2012, Projeto de Produto. Meu intuito sempre foi lecionar, para isso faço uma especialização em docência na educação superior e estou pleiteando uma vaga em um mestrado de Semiótica. Durante a graduação notei que os professores não possuem em sua grande maioria uma formação para lecionar, isso não só no Design,mas em quase todas as áreas. Os professores que atuam no momento são profissionais da área convidados a fazerem parte do corpo letivo das universidades. A exigência do MEC para que os docentes tenham um mestrado é recente, a maioria dos professores se viram obrigados a fazer um mestrado na área de arquitetura, ou como eu, em semiótica, uma vez que os mestrados voltados ao Design focam muito mais a área de Programação Visual do que Produto. Com o reconhecimento da profissão, diversas faculdades (a que cursei inclusa) alteraram suas "grades" as novas "matrizes curriculares", buscando que o formando tenha uma maior conscientização de sua responsabilidade na sua profissão. Mas o porque destas alterações, as DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais) do Design nunca são apresentadas aos alunos, os planos de ensino apesar de se dizerem interdisciplinares, não conversam com os outros conteúdos da graduação, os professores, mais profissionais do que formadores, não sabem bem lidar com estas ferramentas, e lecionam baseados em sua formação profissional exclusivamente. Só posso dizer da parte educativa e do processo de ensino, no campo de trabalho, trabalhei como designer de produto principalmente na área de moda, acessórios e calçado, de certo modo, "competindo" com os profissionais que se formaram em moda. Acho que o campo principalmente do Design de Produto ainda não está bem determinado.

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  3. Realmente caro colega Daniel, me formei em 2007, bacharelado em Design, porém apesar de especializações, mestrado e enfim, o mercado ainda continua complexo. Uma coisa que percebi nos últimos tempos foi que parece, em algumas empresas, estar começando a se distinguir Design de Projetista e demais profissões. Aqui no Sul ao menos esta visão está começando a melhorar, o que me anima pois para que haja continuidade e melhoria em nosso padrão de vida, há que se fazer Design! Outra coisa que acho importante é a nossa Regulamentação que até então se encontra estagnada pelo que percebi, o que está acontecendo? porquê parou? parou porquê? isto fará um grande diferencial já que algumas profissões onde há pessoas que julgam ser importantes por portar um número de Registro, poderão baixar a guarda e perceber este profissional que luta a muito tempo, o Designer. Isso além de acabar com os "hair designers" e xalaladesigners por aí. Grande abraço!

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  4. Está caminhando, mas falta muito para chegar a um padrão de quem saia da universidade seguro para trabalhar no meio complexo e amplo do design!

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  5. Eu acho a questão do ensino muito complexa, especialmente no cenário atual onde os cursos de design pipocaram e a qualidade do ensino anda muito baixa na maioria das instituições, especialmente as particulares, que têm tratado a coisa como um simples negócio para fazer dinheiro.
    Fora isso, temos o mercado selvagem das agências aqui em SP, e nas outras grandes cidades como Curitiba, Recife, etc...
    Isso gera logo de princípio um pensamento mercadológico muito forte no estudante, que vê a universidade como uma maneira de desenvolver uma aptidão para ingressar no mercado de trabalho. Ora, para isso já existem os cursos técnicos, que, como o próprio nome diz, ensinam as características técnicas da profissão. Sei disso pois já fiz dois cursos técnicos (um em design e outro em artes gráficas) e agora estou na metade da minha graduação pelo Mackenzie. O foco é, ou deveria ser, completamente diferente.
    O que me desaponta muito no meu percurso universitário foi justamente ver que a faculdade está muito dedicada em formar profissionais, e não pensadores. E essa cultura se reflete muito nos estudantes também, que entram na faculdade com a idéia de que vão aprender uma profissão e gerir um negócio.
    O design é um campo muito mais amplo do que o mostrado na universidade. Creio que falte ao ensino no design uma abordagem que privilegie a formação de pensadores e não de operários.

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    1. Caro Arths, concordo plenamente com você e é exatamente disso que eu estava falando. Os professores não são formados para ensinar, são profissionais de suas áreas, e lecionam para profissionais. O problema é que os mestrados na área são muito poucos, em horários muito ruins (no meio da tarde, das 9 da manhã as 4 da tarde...) e muito acabam sendo voltados para mercado também. Nós, que somos os próximos, devemos nos formar para lecionar para autonomia de consciência, mais do que autonomia financeira.

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    2. Eu concordo Suzana, mas acho que a experiência profissional do professor é importante também, deve existir um equilíbrio, pois normalmente um professor que não tem experiência de mercado (não ter atuado na área) pode fazer com que ele passe ao aluno uma realidade totalmente diferente do que vai enfrentar depois de formado, eu acho que é importante o professor ter DIDÁTICA, saber dar aula, transmitir o conteúdo, mas tem que estar antenado de como está o mercado, porque umas das coisas que vi muito na minha formação, foram professores que tinham todo curriculum acadêmico, mas pouca experiencia de mercado, ensinavam todos os fundamentos de design, mas nunca disseram que você pode ir pra um indústria e ser confundido com um projetista Cadista, ou muitas outras situações que o recém formado enfrenta no mercado, muitos saem da faculdade achando que vão fazer incessantes brainstormings, painéis de público alvo, sketches, desenhos, e quando se deparam com uma realidade totalmente diferente, muitos desanimam, desistem, trocam de área, se sentem enganados durante a graduação, nesse ponto a experiência de mercado é importante sim, mas por outro lado tenho amigos que falam que na graduação era o contrário, maioria formado por profissionais de mercado, com no máximo uma pós, que no fim falava das coisas superficialmente e o aluno se sentia num curso introdutório durante a graduação, isso começou a mudar com as exigências do MEC, acho que tem que ter um equilíbrio entre os dois fundamentos.

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